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O objetivo geral deste sub-projeto é construir um modelo de utilização da telemedicina e telessaúde voltado para as equipes de saúde da família da rede pública municipal de saúde. A Rede de Telessaúde de Belo Horizonte - BH TELEMED tem como objetivos utilizar recursos de tecnologia de informação e telecomunicações na área da saúde, para melhorar a prestação de assistência básica nas unidades de saúde de Belo Horizonte, com a criação de um sistema de segunda opinião médica e formação continuada em serviço, através da discussão de casos clínicos e temas específicos entre os médicos e profissionais de saúde que fazem atendimento nos Centros de Saúde (CS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMSa) da Prefeitura de Belo Horizonte com especialistas do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


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Este projeto articula diversas instituições assistenciais, da área de saúde e de tecnologias de informação, ligadas à UFMG - Hospital das Clinicas (HC), Faculdade de Medicina (FM), Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESCON), Escola de Enfermagem (EE) e Laboratório de Computação Científica (LCC/CENAPAD) e ligadas à Prefeitura de Belo Horizonte - Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Políticas Sociais e PRODABEL.

Como parceiros internacionais, temos o North Karelia Hospital District da Finlândia, a Universidade de Roskilde da Dinamarca, a Universidade de Bologna e a Província Autônoma de Trento na Itália.

Este projeto foi formatado para enfrentar os desafios colocados na estruturação e atuação das equipes de saúde da família, como a formação profissional destes profissionais e sua educação continuada e o aumento da capacidade de resolução da atenção primária, para que a utilização dos outros níveis do sistema de saúde esteja adequada à complexidade do caso clínico.

Atualmente encontra-se implantado nos 14 centros de saúde do Distrito oeste do município de Belo Horizonte, que estão conectados com o Hospital das Clínicas da UFMG.

A implantação da Telessaúde no município de Belo Horizonte, tem portanto como premissas: (1) a capacitação contínua em serviço dos profissionais que realizam atendimentos nos níveis básicos do sistema de saúde, através da discussão de casos, videoconferências e acesso amplo a informações, (2) melhor resolutividade da atenção básica e da qualidade do atendimento prestado e (3) capacitar o conjunto da equipe de saúde para o processo de planejamento e monitoramento das atividades de saúde da família.

Estruturou-se um sistema de consultoria e segunda opinião médica via rede, através de teleconsultas, utilizando os recursos da Telessaúde não presencial, "off line", para casos mais simples e da Telessaúde compartilhada, "on line", para discussão de casos clínicos mais complexos, utilizando-se de compartilhamento do prontuário eletrônico e de digitalização de imagens médicas diagnósticas necessárias. A montagem de uma estrutura de telecomunicações com uma rede Multicast, possibilitando que o potencial de capacitação do projeto para o conjunto de profissionais fosse multiplicado, pois a tecnologia implantada permite que uma teleconsulta ou palestra seja compartilhada em vários centros de saúde simultaneamente; com isto, é possível que uma determinada atividade de capacitação ou treinamento, realizado a distância, possa beneficiar diversos profissionais em distintos centros de saúde, enriquecendo as discussões.

O desenvolvimento e a implantação de um software de gestão de teleconsultas permite agendar, gerenciar e armazenar as informações e imagens dos casos clínicos discutidos possibilitando posterior acesso para estudos necessários, com um sistema de mensagens estruturadas para a telemedicina "off line", grupos de discussão e acesso a informações cientificas.

O corpo clínico de teleconsultores conta hoje com 40 especialistas de 18 especialidades médicas e 10 subespecialidades e 10 enfermeiras da Escola de Enfermagem e do Hospital das Clínicas.

As teleconsultas realizadas demonstraram ser eficazes quando 74% dos pacientes cujos casos foram discutidos permaneceram nos centros de saúde, sendo evitado seu encaminhamento à rede especializada. 8% dos pacientes foram encaminhados à internação imediata. As especialidades mais solicitadas foram dermatologia, endocrinologia, cardiologia, pneumologia, pediatria, gastroenterologia e cardiologia pediátrica. O tempo médio de duração das teleconsultas está em 18 minutos e 25% dos casos geraram retornos por teleconsulta.Esse processo, além de incidir na melhoria da atenção prestada, alcançada pelo processo de qualificação dos profissionais, contribui para o processo de organização da rede assistencial, pois ajuda o estabelecimento da rede de referência e contra-referência. Esta mudança impacta o acesso da população à atenção especializada, hoje vivendo um processo de estrangulamento. Esse processo contribui para que o centro de saúde efetivamente se estruture como a porta de entrada do sistema, tornando-se o projeto de telessaúde um projeto arrojado e eficiente de reorganização do modelo assistencial, passível de ser reproduzível na área pública, em qualquer de suas dimensões.

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